Documento Embrapa
Quanto custa errar no manejo do pasto?
Depende...
– Não me enrola!
– Vai aí de uns R$ 500,00 a mais de R$ 3 mil por hectare, por ano.
– Tá bom. Depende do quê?
– Do peso de abate dos animais, do sistema de pastejo, se usa adubação ou não. Quanto mais intensivo o seu sistema de produção, mais caro sai errar no manejo. Quanto melhor a estrada e o carro, e mais veloz o motorista, mais feio é o desastre!
– De onde você tirou os R$ 500,00 e os R$ 3 mil? – Posso te explicar, mas você vai precisar de uma calculadora para me acompanhar...
– Tá na mão, que não corro da raia.
– E preciso explicar primeiro o que a gente chama de manejo correto das pastagens.
– Anda logo.
– Digamos que manejo correto é aquele que leva a uma maior produção de carne por área, com maior lucro e menor impacto ambiental
– sem degradar a pastagem nem o solo, e ainda com a menor emissão dos gases que aquecem o planeta.
– Continua, porque isso tá meio vago, meio filosófico demais.
– Você tem de manejar o capim dentro de alturas máximas e mínimas para cada cultivar e adubar as pastagens para repor o que foi extraído do solo pelo capim, comido pelo boi e levado embora para o frigorífico.
– Mas, até há pouco, eu achava que o certo era cumprir um tempo fixo de descanso depois do pastejo. Tipo Voisin.
– É que, com o tempo fixo de descanso, com mais ou menos calor, chuva, adubo e luminosidade, a planta pode não ter crescido o suficiente ou já passou do ponto. Precisa variar o período de descanso para sempre chegar na proporção correta de folhas e talos, o que vai resultar no maior ganho de peso individual, na maior lotação e no maior número de ciclos de pastejo por ano. Ou seja, é necessário entrar com o boi na altura certa do capim.
– E o que faço com a calculadora?
– Vamos lá. Li num artigo da Embrapa que o capim-marandu superpastejado até chegar a 15 c...
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